Publicado por: absesimbra | 4 de Dezembro de 2010

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo

Natal de 2010

 

Dezembro de 2010… Mais um ano que termina, mais uma quadra natalícia. Desde há várias semanas que os nossos sentidos são invadidos por expressões próprias de todos os natais, mas agora com uma crise ainda maior… Contemplamos as decorações nas ruas, nos centros comerciais e casas, ao passo que começamos a ouvir as primeiras melodias típicas desta época. Possivelmente até já começámos a avaliar com o toque e com a visão alguns potenciais presentes para familiares e amigos e a cheirar e a saborear algumas iguarias típicas do Natal, como sonhos, azevias, etc.

Repetem-se os rituais de vários outros anos:  a afluência às lojas para comprar os presentes de natal, os adereços decorativos, os alimentos para a consoada; para alguns os pensamentos sobre como se vão recuperar os gastos superiores às receitas de Novembro e Dezembro na recorrente esperança de que no início do ano seguinte se consiga regularizar tudo; os planos para estar com este, com aquele, de casa em casa, para alguns na expectativa tornar os familiares e amigos mais felizes e evitar conflitos e mágoas do “pós-natal”, o que, por vezes, se converte numa missão ingrata e inatingível.

No meio de tantos preparativos, de tanto esforço e, para alguns até, de muito desgaste, qual o lugar que destinamos a Deus que se fez bebé e – relembrando, para os que se revelam mais esquecidos na forma como praticam o Natal – que nasceu e foi acolhido neste mundo em condições nada semelhantes às que temos nas nossas casas e maternidades, por amor a nós. O rei, o próprio Deus, transformado em menino, com frio, lançado no desconforto de uma estrebaria, cuja higiene seria quase inexistente e o sistema de aquecimento, no mínimo rudimentar para o que se pode esperar do bafo de animais e do contacto pele a pele humana.

Natal deve ser sinónimo de generosidade, altruísmo e abnegação para demonstrar amor sincero uns aos outros, paz, harmonia, reconciliação, alegria, preocupação com as crianças, com os mais necessitados, aproximação à família e amigos, euforia, etc., mas, acima de tudo, Natal deve ser a oportunidade à qual nos agarramos com todas as nossas forças, com planos, preparativos e, se necessário for, até com muito, muito desgaste para desenvolver e demonstrar o nosso amor genuíno por Deus, pela sua generosidade natalícia incondicional ao deixar aos cuidados e vulnerabilidades humanas o seu único filho, um bebé indefeso e totalmente dependente, como qualquer outro bebé humano. Um bebé que era Deus e que viria a ser o salvador do mundo, aquele que morreu por pessoas mesquinhas, mal intencionadas, rancorosas, conflituosas, mentirosas, egoístas, entre outras configurações pecaminosas, tal como continuam a existir em 2010.

Que o amor de Deus o constranja neste Natal! Que o seu coração fique de tal modo contrito que possa finalmente encontrar o verdadeiro significado do Natal. Comunhão com Deus, amor incondicional por Ele que o impulsione a agir, tanto quanto possível, da mesma forma misericordiosa e plenamente generosa para com todos os homens!

 

Anabela Aragão (2010)

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