Por vezes na nossa vida diária, existem dúvidas acerca da nossa identidade cristã. Dúvidas que nos assolam e nos fazem questionar se seguimos verdadeiramente Deus. Se verdadeiramente somos seus filhos.
Desde que decidimos confessar com a nossa boca que Cristo é o nosso Senhor e andar em novidade de vida, essa decisão tem de ser vivida na prática e essa decisão traz-nos certezas, sentimentos, diálogos interiores, lutas, batalhas espiritual e por vezes com pessoas que nos rodeiam…
Daí surgiu então estas 12 provas, uma espécie de exame que nós individualmente nos temos de perguntar, avaliar se é mesmo assim que estamos a experienciar e a sentir.
Por exemplo em relação à prova da semana passada exposta pelo Pierre, que era a primeira prova para sabermos se somos verdadeiramente cristãos, em termos práticos, temos de nos perguntar se amamos mais a luz ou amamos mais as trevas? Isto pode ser teórico, e o que é teórico pode igualmente ter respostas teóricas e utópicas, tipo miss mundo… tais como desejo paz no mundo, mas à primeira oportunidade que tenho de discutir com o meu vizinho, faço-o. Eu jamais era capaz de assaltar um banco, mas quando nos dão troco a mais no supermercado fingimos que não reparamos; ou então não nos passa pela cabeça fugir aos impostos mas dar o dízimo para o avanço do Reino de Deus aí já é uma decisão nossa e por vezes não damos. Estes são apenas alguns exemplos entre outros.
Relembrar a 1ª Prova – Sabemos que somos cristãos porque andamos na Luz. O nosso estilo de vida está aos poucos se conformando ao que Deus nos revelou sobre a Sua natureza e vontade.
Irmãos podemos viver numa contradição… estas provas servirão para como que numa peneira percebermos se estamos a viver em sintonia com aquilo que dizemos e pregamos. Andamos na luz, ou dizemos que sim e depois na verdade andamos em trevas? Como disse estas 12 provas vão-nos ajudar a avaliar se a nossa prática está de acordo com aquilo que sentimos e dizemos.
2ª Prova – Sabemos que somos cristãos porque a nossa vida é marcada por sensibilidade ao pecado, arrependimento e confissão – I João1:8-10
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”
Aqui existem dois caminhos por onde podemos caminhar:
1º Negar que temos pecado – caminho esse que leva à mentira e logo a Sua palavra não está em nós. Ou seja optamos com este caminho de obedecer àquele que é o pai da mentira (Satanás) e a vontade de Deus a Sua Palavra não teve impacto em nós, não nos deu a capacidade de reconhecermos o primeiro passo dado da nossa parte para um relacionamento com Deus. Reconhecimento de que somos pecadores e que estamos afastados de Deus.
2º Reconhecer que temos cometido pecado e confessa-lo – isso implica 3 ações da nossa parte:
- Ter sensibilidade ao pecado: Ou seja perceber claramente o que é pecado ou não; perceber claramente qual é a vontade de Deus e o que sai da vontade de Deus; e optar por fazer a vontade de Deus;
- Arrependimento: Se por alguma razão cometemos pecado, ou seja entendemos qual a vontade de Deus mas fizemos o contrário, devemos nos arrepender… (explicar a diferença entre arrependimento e remorso – Mostrar vídeo da lição de guardanapo). O arrependimento é o primeiro passo de reconciliação com Deus e com os homens;
- Confissão: Se nos arrependemos ou seja entendemos qual é a vontade de Deus mas fizemos o contrário e depois nos arrependemo-nos devemos confessar isso perante Deus e perante quem foi o alvo desse pecado (caso seja necessário). A confissão é o segundo passo da reconciliação com Deus e com os homens;
Depois de percebermos o pecado que fizemos, nos arrependermos e confessarmos esse mesmo pecado podemos ter uma certeza porque é uma promessa de Deus:
“Se confessarmos os nossos pecados (e o processo de confissão tem como precedência os outros 2 passos, sensibilidade ao pecado e arrependimento) Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.”
Deus perdoa-nos não por merecermos porque sabemos que o salário, a consequência do pecado é a morte, mas por causa daquilo que Jesus Cristo fez por cada um de nós.
Vejamos o versículos logo a seguir Ler I João 2:1-2
Foi pelo sacrifício de Jesus na cruz que eu posso ser perdoado por Deus. Jesus foi aquilo que satisfez a justiça de Deus face ao pecado que a humanidade cometeu. Daí se qualquer pessoa confessar perante Deus que precisa de Jesus na sua vida para obter a salvação que é um livramento da morte consequência do pecado, Deus imputa (imputou) esse castigo em Jesus e assim essa pessoa é considerada justificada e santa porque Jesus pagou a consequência, pagou o pecado com a sua morte, no lugar dessa pessoa. Esta é a verdade do evangelho. É isto que temos a responsabilidade de comunicar a toda a humanidade. Para que o maior número possível de pessoas se reconcilie com Deus e tenha a vida eterna.
3ª Prova – Sabemos que somos cristãos porque guardamos os mandamentos de Deus. Desejamos conhecer a vontade de Deus, nos esforçarmos por obedece-la e lamentarmos quando somos desobedientes. I João 2:3-4
“E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.”
Esta passagem remete-nos para uma outra onde é o próprio Jesus que fala, mas interessante de ver que é o próprio João, o mesmo autor desta carta que estudamos hoje, e vamos estudar nos próximos domingos que escreve o evangelho onde Jesus tem estas palavras:
Ler João 14:15-26 – Uma passagem escrita para os discípulos de então mas também para os discípulos futuros como nós atualmente.
O Espírito Santo ajuda-nos a não pecar.
Se somos cristãos de verdade existe todos os dias no nosso interior, uma luta espiritual entre a nossa velha natureza e o Espirito de Deus para nos livrar do pecado. E nós desejamos fazer a vontade de Deus. Porém se não a fizermos ficamos tristes e optamos pelo caminho que eu demonstrei à pouco… confissão e arrependimento.
Existe uma batalha espiritual dentro da nossa mente. E nós necessitamos entender e praticar os mandamentos de Deus (a Sua vontade) para vencer essa batalha e o Espirito Santo de Deus prevalecer através das nossas ações.
Podemos novamente viver numa contradição, dizer que conhecemos Deus mas depois não vivo de acordo com aquilo que o Espírito santo me revela acerca da vontade do Pai.
Sabem irmãos a religião é muito perigosa. Porque nós achamos que fazendo uma série de comportamentos certos que conhecemos Deus e que com isso estamos a guardar os seus mandamentos. Vejam o exemplo dos fariseus e dos escribas. Leiam o Evangelho de Mateus e vejam o quão esses grupos de líderes espirituais estava a falhar substituindo um relacionamento com Deus com uma religião vazia e vã.
Deus quer um relacionamento em que a obediência seja fruto do amor que sentimos por Ele e que vem do coração, e não um conjunto de regras exteriores que fazemos apenas à frente dos outros porque temos uma imagem a preservar, mas lá no íntimo, no nosso pensamento, quando estamos sozinhos sem mais ninguém a ver aí pecamos “a torto e a direito” e sem nos importarmos com isso, sem que isso nos traga um sentimento de tristeza profunda por estarmos a maltratar o nosso Deus.
Irmãos o pecado deveria trazer à nossa vida uma profunda tristeza porque isso traz também tristeza ao coração de Deus. Nunca deveríamos ter como alternativa o pecar…
Irmãos resta-nos fazer uma avaliação à nossa vida. Mediante a apresentação destas provas perceber como tem sido o meu comportamento e como está o meu coração.
E mudar… Arrependermo-nos do nosso pecado, confessar o nosso pecado, e guardar a Sua palavra para não voltarmos a pecar contra Deus.
Termino com o texto de Salmo 119:11 onde o salmista afirma:
“Guardo no meu coração as tuas palavras, para não pecar contra Ti.”
Que assim seja na nossa vida…
TAfonso
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