Publicado por: absesimbra | 27 de Abril de 2016

Pregação AB Sesimbra 24.04.2016 Ser igreja – “Uns aos outros” I

Na semana passada falámos do que é ser igreja local:

“Um cristão é alguém que antes e acima de tudo, foi perdoado de seu pecado e reconciliado com Deus, o Pai, por meio de Jesus Cristo. A igreja é um grupo de cristãos. Ser reconciliado com Deus por meio de Cristo significa ser reconciliado com todos aqueles que também estão reconciliados com Deus por meio de Jesus.”

Vimos que é através dos relacionamentos no contexto de igreja local que o evangelho se torna vivo. Na medida em que amamos, perdoamos, agimos em graça e em misericórdia para com os outros as pessoas que são objeto desse amor são atraídas para Deus.

Se analisarmos a palavra de Deus existem muitos princípios ou mandamentos que estão diretamente ligados aos relacionamentos no contexto da igreja local.

A relação dos termos “uns aos outros” expressa mutualidade. Eles aparecem 102 vezes no NT, 51 vezes delas referindo-se às bases recíprocas da vida cristã.

Todas as expressões “Uns aos outros” proveem das palavras de Jesus descritas em João 13:34-35 – LER

É este o ensino de Jesus que tem de estar na base dos relacionamentos dentro da igreja local.

Dentro desta ordem de Jesus existem mandamentos que tratam dos nossos relacionamentos, e dentro dos nossos relacionamentos aquilo que devemos evitar e aquilo que devemos investir para nos edificarmos uns aos outros e servirmos uns aos outros.

Este será um percurso que teremos de fazer juntos a fim de tornarmos a nossa igreja uma expressão do amor de Deus, um local onde o Espírito Santo age através dos filhos de Deus, onde as pessoas se sentem aceites, se sentem suportadas, se sentem amadas.

A fim de tornarmos a nossa comunidade uma igreja que vive a cultura do evangelho, que não é uma cultura de julgamento, não é uma cultura de maledicência (ou seja falar mal pelas costas), não é uma cultura de intolerância, não é uma cultura de espírito crítico, mas sim uma cultura de reconciliação, uma cultura de aceitação, uma cultura de misericórdia e graça, uma cultura de perdão, uma cultura de amor. Uma cultura em que no amor uns aos outros torna o evangelho vivo.

Neste contexto de tornar a igreja um solo fértil para bons relacionamentos existe um princípio base que tem de estar regular nos nossos relacionamentos. Efésios 4:25

A verdade tem de ser a nossa regra uns para com os outros. Devemos dizer a verdade uns para com os outros, sempre a verdade independentemente das consequências da própria verdade.

É claro que como disse o ensino base de Jesus descrito em João 13:34 de Amar uns aos outros, tem de ser igualmente a base de que em Amor dizemos a verdade uns aos outros.

Tem de existir uma certeza entre nós, de que independentemente de tudo, aquilo que dizemos ou mostramos tem de estar baseado na verdade em amor pelo meu próximo.

Agindo assim podemos mudar o mundo, começando pela igreja.

Dentro desta premissa existem então mandamentos que tratam dos nossos inter-relacionamentos, mandamentos que tratam do que se deve evitar, mandamentos que visam a edificação mútua e mandamentos que apelam para o serviço mutuo.

Vamos estudá-los juntos nas próximas 5 semanas. E ter a base de ensino para tornar esta igreja marca do amor de Cristo que floresce para com os irmãos que somos uns dos outros.

Primeiro vamos estudar os mandamentos que tratam dos inter-relacionamentos:

Práticas que se nós agirmos com base no amor e na verdade vamos tornar a nossa igreja muito mais bíblica e agradável.

Romanos 15:7 – Acolhei-vos uns aos outros

Este verbo acolher dá-nos o ensino de tornar a nossa casa a casa de quem é acolhido… não só a nossa casa familiar, mas igualmente as instalações da igreja. Acolher na igreja. Como acolhemos as pessoas novas na igreja?

Romanos 16:16; II Coríntios 13:12; I Pedro 5:14 – Saudai-vos uns aos outros

Esta expressão “Ósculo Santo” significa também beijo da paz, foi uma forma de saudação usada por Jesus Cristo e seus discípulos, pela ação de beijar a face mutuamente, não somente em regiões onde esse era um costume habitual, mas também entre os cristãos de Roma. Esta forma de cumprimentar também já foi denominada como o beijo sem malícia.

Em suma significa que a pessoa é importante para nós e que a saudamos, ou seja que estamos com alegria de a ver. Saudamos todos os irmãos na igreja, ou existem irmãos que evita? Evita porquê? Já teve a coragem de em verdade e em amor falar com o irmão que evita e explicar o que o incomoda?

E saudar os de fora? Os visitantes? Quando alguém nos visita existe um momento em que procura saudar essa pessoa?

I Coríntios 12:24-25 – Tende igual cuidado uns pelos outros

Cuidado uns pelos outros. Igual cuidado uns pelos outros. Cuidado siginifica importar-se, saber se está tudo bem, assim como cuidamos daqueles que amamos e procuramos perceber se precisam de alguma coisa.

Efésios 5:18-21 – Sujeitai-vos uns aos outros

Este mandamento tem relacionamento direto com humildade, em que consideramos o outro superior a nós próprios e decidimos sujeitarmo-nos ao amor e cuidado dele.

Efésios 4:1-3; Colossenses 3:12-14 – Suportai-vos uns aos outros

Suportar significa amparar, suster, e não deitar para baixo. Devemos suportar os irmãos.

Tiago 5:16 – Confessai os vossos pecados uns aos outros

Irmãos aqui é um dos mandamentos mais difíceis de colocar em prática. Isto porque existe sempre o medo de nos expormos os nossos erros aos outros.

Aqui a igreja tem de deixar cair a postura e ambiente de julgamento, de maledicência, de quebrar o sigilo de assuntos que só dizem respeito à família. (Irmãos nas nossas famílias também acontecem isso, existem assuntos que só dizem respeito à família em si). Mas nas nossas igrejas mais parece que quando alguém desabafa uma área em que tem mais dificuldade isso vem logo parar à praça pública. E a pessoa começa a ser conotada com o seu erro e não como pessoa que é amada e criada por Deus.

Ao confessarmos os nossos pecados uns aos outros estamos a demonstrar confiança em nos abrirmos com os nossos irmãos, estamos a dizer que somos humildes e que precisamos da ajuda de uns dos outros. E quem ouve a acolhe está igualmente a demonstrar humildade identificando-se com o erro do outro e suportando-o em oração e cuidado.

Temos de começar a criar uma cultura de confiança uns com os outros, em que existe igualmente uma cultura de aceitação e não comportamentos de julgamento e maledicência.

Efésios 4:31-32 – Perdoai-vos uns aos outros

O verso 32 afirma, “Assim como também Deus, em Cristo vos perdoou…”

Como podemos não perdoar quando fomos alvo do perdão de Deus?

Leitura da parábola Mateus 18:21-35

Como está a nossa vida no que toca ao perdão?

 

Relembrar as áreas dos uns aos outros…

 

CONCLUSÃO

 

Relembro a forma como a igreja primitiva vivia Actos 2:42-47

 

Que possamos ser uma igreja que ama!

 

 

 

 

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