Publicado por: absesimbra | 7 de Março de 2018

I João 1:1-4 – Pregação

Estamos a continuar a estudar o livro de I João.

A semana passada vimos questões como o Autor, a Data, o contexto em que foi escrito a carta, e percebemos que a igreja naquele tempo estava a sofrer ataques de uma teoria chamada Gnosticismo que afirmava que a matéria é má e o espiritual é que é bom, logo essa afirmação teria repercussões para a nossa lidação com o corpo que é matéria e também para a questão de que Cristo quando veio à terra seria 100% homem, encarnado efetivamente num corpo humano.

E é com base nesta argumentação que João vai construir esta carta para que os crentes da altura pudessem ter ferramentas para combater estas falsas ideias que tinham por objetivo deitar abaixo a sã doutrina.

Vamos então ler I João 1:1-4, já agora quem teve a oportunidade de ler e meditar, ou seja, fazer o seu devocional tendo por base esta passagem?

LER

Nestes primeiros 4 versículos desta carta, João clarifica logo muito bem do que trata esta carta. João quer deixar bem claro quem é Jesus Cristo, e de que ele sabia quem era porque ele próprio tinha vivido com Jesus e tinha experimentado vivência com Cristo.

Todos os verbos utilizados demonstram vivência física com Jesus… tais como: Ouvir, ver, contemplar, apalpar… são ações que implicam experiência real com Jesus.

Então este relato é de alguém que estava no local experienciando vida real com Jesus Cristo.

Era importante para a igreja primitiva ter o conhecimento em quem a sua fé se baseava. Quem eles seguiam? Quem era este Jesus Cristo? Muitas teorias queriam deitar a baixo a pessoa de Jesus porque todo o Cristianismo assenta num pilar que é JESUS CRISTO.

Muitas teorias nos dias de hoje desvalorizam a humanidade de Jesus, desvalorizam a divindade de Jesus, desvalorizam a obra de Jesus, no fundo desvalorizam a pessoa de Jesus. Mas para os cristãos bíblicos é de extrema importância cada vez mais defendermos e manifestarmos a importância de Jesus na nossa fé. Não podemos ter uma fé que coloca Jesus Cristo para segundo plano. No nosso sistema teológico e de fé, Jesus tem de ter um papel central, Ele tem de ser o Centro.

É neste sentido também que estudamos esta carta de João e que nos propomos a ser uma luz, assim como Jesus é a Luz do mundo.

Nestes primeiros 4 versos de I João vamos estudar alguns aspetos que dizem respeito a Jesus Cristo. São sensivelmente 11 áreas da teologia que ensinam especificamente acerca da pessoa de Jesus, mas não vamos conseguir estudá-las todas. Das áreas de – A sua preexistência – A sua encarnação – A sua humanidade – A sua divindade – A sua vida terrena – A sua impecabilidade – A sua morte – A sua ressurreição – A sua ascensão – O seu ministério atual – E por fim a sua segunda vinda… optei por escolher apenas 4 que João foca nesta sua carta, porque fariam parte da sua argumentação para combater o Gnosticismo.

Vamos falar da Preexistência de Jesus, ou seja, que Ele existe desde qualquer outra coisa, vamos falar da Sua encarnação, Sua humanidade e da sua divindade.

Nestas 4 áreas elas estão interligadas duas a duas, ou seja, a preexistência relaciona-se diretamente à divindade de Jesus por outro lado a encarnação está diretamente relacionada com a humanidade de Jesus.

Vamos primeiro focar os aspetos humanos de Jesus Cristo:

Jesus possuía um corpo humano

  • Nascido de mulher (Gálatas 4:4);
  • Sujeito a crescimento (Lucas 2:52);
  • Visto e tocado por homens (I João 1:1 e Mateus 26:12);
  • Porém sem pecado (Hebreus 4:15);

Jesus possuía Alma e Espírito Humanos (Mateus 26:38 e Lucas 23:46)

Jesus foi sujeito às limitações da Humanidade

  • Ele sentiu fome (Mateus 4:2);
  • Ele sentiu sede (João 19:28);
  • Ele sentiu cansaço (João 4:6);
  • Ele chorou (João 11:35);
  • Ele sofreu tentações (Hebreus 4:15);

Jesus recebeu nomes humanos

  • Filho do Homem (Lucas 19:10);
  • Jesus, foi o nome dado por Maria o nome hebraico (Mateus 1:21);
  • Filho de David (Marcos 10:47);
  • Homem (Isaías 53:3 E i Timóteo 2:5);

Jesus foi capaz de morrer (Vemos isso no relato dos evangelhos)

Podemos agora focar o outro aspeto relacionado com a humanidade de Jesus que é a sua encarnação, que significa literalmente “estar em carne…”

Jesus nasceu de uma mulher, Maria 100% ser humano e 0% divina (Argumento contrário à teologia Mariologia da igreja Católica Romana). A parte divina de Jesus foi gerada pelo Espírito Santo, a parte humana de jesus foi gerada por Maria. Assim Maria foi apenas um instrumento de Deus usada para a obra de Jesus 100% homem.

Quais as razões porque foi necessário Jesus vir à terra como ser humano?

  • Revelar Deus aos Homens (João 1:18);
  • Providenciar um exemplo de Vida (I Pedro 2.21);
  • Providenciar um sacrifício pelo pecado (Hebreus 10:1-10);
  • Destruir as obras do diabo (I João 3:8);
  • Ser um sumo-sacerdote misericordioso (Hebreus 5:1-10);
  • Cumprir com a aliança feita a David (Lucas 1:31-33);
  • Ser de sobremaneira exaltado entre os homens (Filipenses 2:9);

Vamos focar agora os aspetos divinos de Jesus, ou seja, a sua divindade, que prova que Jesus é Deus.

A divindade de Jesus é provada pelos seus nomes:

  • Deus (Hebreus 1:8; João 8:58)
  • Filho de Deus (Mateus 16:16; 26:61-64);
  • Senhor (Mateus 22:43-45);
  • Rei dos reis e Senhor dos Senhores (Apocalipse 19:16);

A divindade de Jesus é provada pelas suas características:

  • Omnipotência (Mateus 28:18);
  • Omnisciência (João 1:48);
  • Omnipresença (Mateus 18:20);
  • Vida (João 1:4; 5:26);
  • Verdade (João 14:6);
  • Imutabilidade (Hebreus 13:8);

A divindade de Jesus é provada pelas suas obras:

  • Obra da Criação (João 1:3);
  • Sustentação de todas as coisas (Colossenses 1:17);
  • Conceder perdão de pecados (Lucas 7:48);
  • Ressurreição dos mortos (João 5:25);
  • Julgamento/julgar (João 5:27);
  • Envio do Espírito Santo (João 15:26);

A divindade de Jesus é provada pela adoração oferecida a Ele:

  • Adoração dada por anjos (Hebreus 1:6);
  • Dada por homens (Mateus 14:33);
  • Dada por todos, incluindo hostes espirituais (Filipenses 2:10);

A divindade de jesus é provada pela Sua igualdade na Trindade:

  • Com o Pai (João 14:23; 10:30);
  • Com o Espírito Santo (Mateus 28:19; II Coríntios 13:13);

A divindade de Jesus relaciona-se diretamente com a Sua preexistência, ou seja, que jesus existia antes de qualquer coisa existir. Passagens da Bíblia como Miqueias 5:2 e Isaías 9:6 mostra-nos um nome dado ao menino Jesus que é “pai da Eternidade”.

Em João 8:58 Jesus diz que é o “Eu sou” nome somente dado a Deus, em algumas circunstâncias em que o próprio Deus se revelava a alguém em especial como por exemplo no caso de Abraão e Moisés. Este pronome significa que “Já existia”, ou seja, ninguém o criou, Ele já existia é ETERNO.

Jesus igualmente participou na criação do mundo conforme está descrito em Colossenses 1:16. O termo “Logos” que no grego significa “Palavra” ou “Verbo” significa que foi pela palavra de Jesus Cristo que as coisas foram criadas quando lá em Génesis está descrito “Deus disse… Haja Luz e houve luz…” este disse é a palavra de Deus, Jesus é a Palavra de Deus encarnada.

Concluindo João quando escreve estes primeiros 4 versículos ele está a colocar estas verdades todas acerca de Jesus. Não podemos desvalorizar, ou diminuir a pessoa de Jesus na nossa fé. Ele é o centro, Ele é o âmago, é Nele que todas as coisas se concretizam, é Nele que todas as coisas obtêm um significado.

Termino esta parte da pregação com o texto da carta de Paulo aos Colossenses 1:15-23 que resume muito bem aquilo que falámos esta manhã.

Irmãos que Jesus Cristo tenha a primazia nas nossas vidas.

 

Para a semana vamos somente estudar o verso 4 de I João 1 e ver porque é que tendo este Jesus como Salvador a nossa alegria deve ser COMPLETA.

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