Temos vindo a estudar I João, a semana passada falámos acerca Alegria aquela que é baseada no carácter de Deus que por causa desse carácter confiamos nas Suas promessas, estudámos também que a Alegria é uma consequência do trabalho o Espírito Santo em nós e que essa Alegria tem de ser algo visível aos outros, tem de se manifestar no exterior, e isso é como se fosse luz para os outros. Isso vai contagiar outros a querer conhecer o motivo dessa alegria genuína mesmo quando não existem circunstâncias para tal.
Vamos continuar a estudar esta carta e hoje vamos estudar os versos do capítulo 1:5-7.
Vamos então ler. (I João 1:5-7)
“Esta é a mensagem que Deus nos deu para vos transmitir: que Deus é luz e não há nele trevas nenhumas. Por isso, se dissermos que somos seus amigos e continuarmos a viver em trevas, estamos a mentir, e não expressamos a verdade.
Mas se vivermos na luz da presença de Deus, então existirá fraternidade de uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.”
Verso 5 remete-nos para uma declaração de Jesus que foi igualmente presenciada por João e está relatada no seu Evangelho em João 8:12 – “Numa outra ocasião, Jesus disse ao povo: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
Jesus é a Luz do mundo, de um mundo que naturalmente está em trevas. Significa isto que Jesus é aquele que está sem pecado, trevas aqui neste contexto tem ligação direta com o pecado e luz com o combate a esse mesmo pecado. É mais uma característica do carácter de Jesus – Luz.
E nestes 3 versos desta carta João explica a forma como nós podemos passar da prática das trevas para a prática da Luz. No verso 7 João afirma que o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado.
Esta expressão “sangue de Jesus” nos remete para a crucificação de Jesus Cristo, momento em que Ele vence as trevas, em que Ele liberta do pecado todo o ser humano que o quer seguir. A crucificação de Jesus é o âmago do Evangelho e no momento em que Ele afirma “Está pago” que a justiça de Deus que deveria ter caído sobre nós, mas recai sobre Ele, é nesse momento que a Justiça de Deus é satisfeita.
Se analisarmos alguns textos bíblicos como por exemplo Colossenses 1:13
“Porque foi Deus quem nos tirou do império das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho amado; o qual comprou para nós a libertação do pecado, pelo preço do seu próprio sangue.”
Ou I Pedro 2:9-10
“Mas vocês são uma família escolhida por Deus, são sacerdotes ao serviço do Rei, são uma nação santa, são um povo que Deus adquiriu para que possam mostrar aos outros a grandeza de Deus que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes, não eram considerados povo de Deus; agora sim. Antes, não conheciam a misericórdia de Deus; agora as vossas vidas foram alcançadas por essa misericórdia.”
Verificamos que quando nos convertemos passamos das trevas para a Luz, passamos a ter uma nova vida que é dirigida, comandada pela Luz e não mais pelas trevas.
Daí João dizer que não podemos ter uma vida dupla (ler verso 6). Não podemos dizer que temos comunhão com Deus e continuar a ter os comportamentos de trevas.
Vamos ler agora Efésios 4:17-32 e tornar isto bem mais prático:
“Por isso quero avisar-vos, em nome do Senhor, que não andem mais como os que não conhecem Deus, que vivem num mundo de ilusões. Os seus entendimentos estão obscurecidos; a sua ignorância das coisas espirituais e a sua insensibilidade à voz divina os afastou da vida de Deus. Tendo feito calar a voz das suas consciências, entregaram-se a tudo o que é imoralidade, procurando, com avidez, satisfazer os seus desejos corruptos. Mas esse não é o caminho que Cristo vos ensinou! Se prestaram ouvidos à sua voz, sabem bem como em Jesus está a verdade, e nela vocês foram instruídos.-
Vocês foram ensinados, quanto à forma de vida que levavam anteriormente, que se devem desfazer dessa velha natureza que vai apodrecendo na sua própria imoralidade, nas suas ilusões. E que o vosso entendimento se renove nas atitudes a tomar na vida.
Devem revestir-se do novo homem que é criado por Deus e que se manifesta na verdadeira justiça e na santidade. Deixem a mentira e falem verdade uns com os outros, porque somos membros de um só corpo. Não pequem, deixando que a ira vos domine. Antes que o dia acabe, façam com que a vossa irritação tenha fim.
Em nenhum caso dêem ocasião a que o Diabo encontre meio de vos fazer cair.
Aquele que roubava ou explorava fraudulentamente, que pare com isso de uma vez. Que antes trabalhe, e que ganhe a sua vida pelos seus próprios meios, honestamente, de forma até a poder ajudar outros menos favorecidos. Não saia da vossa boca nenhuma palavra suja; que tudo o que for dito por vocês sirva de ajuda para o bem e encorajamento daqueles que vos ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, o qual vos marcou com um selo, como garantia da vossa libertação. Façam desaparecer do vosso meio todo o mau humor, assim como a cólera, o ódio, as discussões, tal como as injúrias e as revoltas rancorosas. Em vez disso sejam uns para com os outros amáveis e compreensivos, perdoando-se mutuamente, tal como Cristo também vos perdoou.”
É o que João reforça em I João 1:7 – se andarmos na Luz mantemos comunhão uns com os outros… isso é bem visível nos nossos comportamentos no uns para com os outros.
Também importa aprendermos que se passámos das trevas para a maravilhosa luz. Jesus tornou possível essa passagem, para também nos dar um propósito.
Quando recebemos a Luz, não podemos simplesmente ficar calados ou quietos, fomos salvos com um propósito. Temos uma função, um legado que não pode ser deixado para trás ou para segundo plano.
Qual é então a nossa responsabilidade? Vamos ler Mateus 5:14-16
“Vocês são a luz do mundo. Uma cidade construída no topo de um monte, toda a gente a vê. Não se acende um candeeiro para o pôr dentro do armário. Não ocultem a vossa luz; deixem que ela brilhe diante de todos. Que as vossas boas obras brilhem também para serem vistas por todos, de tal maneira que louvem o vosso Pai celestial.”
Passámos a seguir a Luz do mundo, passámos das trevas para a Luz, devemos então nós próprios ser Luz, ser um foco dessa luz em tudo o que fazemos. Qualquer que seja a nossa prática, decisão, caminho devemos ser Luz deixando a verdadeira Luz viver através de nós.
Vamos ver um vídeo… (Conclusão)
Está a ser a luz do mundo? O que está a fazer na prática para ser a luz do mundo?
Nesse sentido queria apresentar o projeto para na prática sermos luz.
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