Publicado por: absesimbra | 23 de Novembro de 2019

Pregação sermão do monte Mateus 5:13-16 – SAL e LUZ

No sermão do monte Jesus usa algumas ilustrações para melhor fazer entender os seus ouvintes daquilo que Ele queria transmitir. E duas das ilustrações que Jesus usa é o Sal e a Luz.

Nos dias de hoje se queremos conservar um alimento como fazemos? Recorremos ao frigorífico. Mas esse eletrodoméstico apenas foi inventado no ano 1856. E se queremos acender uma luz o que fazemos? Mas a lâmpada somente foi inventada no ano 1879. Pois é nós temos a nossa vida facilitada nesse aspeto, nesse e em muitos outros.

Mas Jesus teria de ter utilizado ilustrações que os ouvintes naquela época soubessem o que Ele estava a falar. Nos tempos de Jesus, quando ele prega o sermão do monte (mais ou menos há 2000 anos atrás) a forma como se conservava a carne e o peixe era salgando-os. Nos dias de hoje ainda existem comunidades que salgam o peixe para o conservar. Em Sesimbra alguns mais idosos fazem ainda fazem isso, e no bacalhau ainda é usada esta técnica.

Função do SAL O sal era utilizado nos tempos antigos (e não tão antigos, dar o exemplo do peixe seco) para conservar os alimentos, isto porque não existiam frigoríficos e assim com o sal as populações conseguiam conservar por mais tempo a carne e o peixe.

O Sal usando o processo químico da Osmose retira a água do alimento conservando-o por mais tempo.

Nos tempos de Jesus apesar de não haver luz elétrica o conceito de trevas, e o que afasta as trevas, a Luz estava bem presente na vida das pessoas que ouviam Jesus. Ninguém que queria alumiar um local coloca a luz debaixo de uma mesa ou com algo a impedir que a luz faça a sua função. Na tua casa onde estão colocados os candeeiros? No teto? Porquê? Porque aí é que servem melhor o propósito para o qual forma criados.

Função da Luz Jesus utilizando a ilustração da luz, toca no mesmo ponto da ilustração anterior. A luz é o que afasta as trevas, existindo luz as trevas desaparecem, ou seja, a luz tem como propósito afastar tudo o que está em trevas, por trevas reconhece-se o mal. Este termo trevas muitas das vezes é usado na Bíblia para definir trevas. Assim aquilo que Jesus espera dos seus seguidores, é que estes tenham um estilo de vida afastados das trevas, ou melhor que combatam as trevas, que quando estes estejam presentes as trevas desapareçam.

Objetivo de Jesus ao usar essas ilustrações: Jesus usa duas ilustrações que se relacionam diretamente com o separar as propriedades más das boas. Conservar é uma palavra chave nesta passagem. A função do sal é conservar as propriedades boas da sociedade e a função da luz é conservar o estado de estar afastado das coisas más da sociedade. A palavra conservar está diretamente ligada a Santidade, que significa separado do mal, para servir Deus. Conservar-se santo diante de tanto pecado que nos pode trazer podridão espiritual. O mundo precisa de pessoas que se conservem em bem e que conservem o bem.

Santidade é o estado em que estamos a lutar constantemente contra o que é mau e o que nos pode contaminar com o mal. Ou seja, conservar o bem e afastar o mal. São duas ações.

Em termos práticos tu és Sal quando preservas qualidades que servem o bem nos diferentes contextos em que estás inserido. Por exemplo se alguém pratica o mal tu deves motivar essa pessoa a deixar de fazer o mal e a fazer o bem.

Exemplos de ser SAL e LUZ

Combater a mentira com a verdade; combater a corrupção com a honestidade; combater a maledicência falando o bem; combater a injustiça sendo justo; etc…

No que toca à luz, Jesus afirma que a esta deve ser colocada num alto, deve estar num local onde se vê, onde a sua ação as suas propriedades conseguem ser utilizadas da melhor forma, ou de forma mais eficaz. Isso significa que tu como discípulo de Cristo que és sal e luz neste mundo, deves estar ativo na tua sociedade, trazendo o teu bom exemplo como seguidor de Jesus ás várias áreas onde estás envolvido.

Como por exemplo deves assumir cargos de liderança para que quando poderes dar a tua opinião o fazeres trazendo luz ás trevas, e no que toca a ser sal deves conservar as propriedades boas de acordo com a Palavra de Deus. Estuda, esforça-te para no futuro poderes estar em cargos de influência nas tomadas de decisão importantes para a nossa sociedade.

Assume a tua responsabilidade de líder sendo sal e luz no meio das trevas. Começa nos contextos pequenos e Deus vai te colocar em contextos grandes. Olha o que Deus disse a Josué quando ele estava para assumir o cargo de liderança do povo de Israel: Josué 1:5-9. Tem ousadia em assumir em ser um influenciador, mas sempre para a Glória de Deus.

Tu como discipulo de Cristo (fazendo parte da igreja de Cristo) foste colocado no mundo com duplo papel: como sal, para interromper, ou pelo menos retardar, o processo da corrupção social; e, como luz, para desfazer as trevas. O sal para nada serve se perder a sua salinidade; a luz torna-se inútil, se for escondida.

Os discí­pulos são “chamados a ser um purificador moral num mundo onde os padrões morais são baixos, instáveis, ou mesmo ine­xistentes.”

 

A salinidade do cristão é o seu caráter conforme descrito nas bem-aventuranças, é discipulado cristão verdadeiro, visível em atos e palavras. Para ter eficácia, o cristão precisa conservar a sua semelhança com Cristo, assim como o sal deve preservar a sua salinidade. Se os cristãos forem assimilados pelos não-cristãos, deixando-se contaminar pelas impurezas do mundo, perderão a sua capacidade de influen­ciar. A influência dos cristãos na sociedade e sobre a sociedade depende da sua diferença e não da identidade.

 

Jesus esclarece que essa luz são as nossas “boas obras”. Que os homens vejam as vossas boas obras, disse, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus, pois é através dessas boas obras que a nossa luz tem de brilhar. Parece que “boas obras” é uma ex­pressão generalizada, que abrange tudo o que o cristão diz e faz porque é cristão, toda e qualquer manifestação externa e visível de sua fé cristã. Considerando que a luz é um símbolo bíblico comum da verdade, a luz do cristão deve certamente incluir o seu testemunho verbal. Assim, a profecia do Velho Testamento de que o Servo de Deus seria uma “luz para os gentios”, cumpriu-se não só no próprio Cristo, a luz do mundo, mas também nos cristãos que dão testemunho de Cristo.

A evangelização deve ser considerada como uma das “boas obras” pelas quais a nossa luz brilha e o nosso Pai é glorificado.

 

Na verdade, o significado primário de “obras” tem de ser atos práticos e visí­veis gerados pela compaixão.

Quando os homens vêem tais obras, disse Jesus, glorificam a Deus, pois elas encarnam as boas novas do seu amor que nós proclamamos. Sem elas, o nosso evangelho perde a sua credibilidade, e Deus, a sua honra.

 

Isto é, na qualidade de discípulos de Jesus, não devemos es­conder a verdade que conhecemos ou a verdade do que somos. Não devemos fingir que somos diferentes, mas devemos desejar que o nosso Cristianismo seja visível a todos. “Refugiar-se no invisível é uma negação do chamado. Uma comunidade de Jesus que procura esconder-se deixou de segui-lo.”  Antes, nós de­vemos ser cristãos autênticos, vivendo abertamente a vida des­crita nas bem-aventuranças, sem nos envergonhar de Cristo. Então as pessoas nos verão, e verão as nossas boas obras e, assim, glorificarão a Deus, pois reconhecerão inevitavelmente que é pela graça de Deus que somos assim, que a nossa luz é a luz dele, e que as nossas obras são obras dele feitas em nós e através de nós. Desse modo, louvarão a luz, e não a lâmpada que a trans­mite, glorificarão a nosso Pai que está nos céus, e não aos filhos que ele gerou e que têm traços da sua família. Até mesmo aqueles que nos injuriam não poderão deixar de glorificar a Deus por causa da própria justiça pela qual eles nos perseguem (vs. 10-12).

 

Tem de existir diferenças entre a igreja e o mundo, entre os cristãos e o mundo.

Não obstante, o tipo de serviço que cada um presta é dife­rente. Na verdade, seus efeitos são complementares. A função do sal é principalmente pela negativa: evitar a deterioração. A função da luz é pelo ponto de vista positivo: iluminar as trevas.

Assim, Jesus chama os seus discípulos para exercerem uma influência dupla na comunidade secular: uma influência nega­tiva, de impedir a sua deterioração, e uma influência positiva, de produzir a luz nas trevas. Pois impedir a propagação do mal é uma coisa; e promover a propagação da verdade, da beleza e da bondade é outra.

 

A importância de estar ligado a Cristo: Só brilhamos com luz se estivermos ligados à Luz do mundo que é Jesus. Jesus disse eu sou a Luz do mundo (João 8:12)

 

O verso 16 afirma que a nossa luz deve brilhar diante dos homens para que vejam a vossas boas obras, mas com que objetivo? Dar Glória a Deus,

Os que são nascidos de novo (entram pela porta estreita) e têm vida em Jesus Cristo (andam no caminho apertado) são influenciadores (sal, luz e cidade no monte) e agentes de criação da realidade que resulta da nova vida que Deus quer dar a quem crê em Jesus Cristo. Não são agentes ineficazes ou escondidos, que se sujeitam a ser alvos de outras influencias; não por serem melhores que os outros, mas por terem em si Deus – alguém que os outros não têm.

 

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