Publicado por: absesimbra | 15 de Janeiro de 2020

Pregação 12.01.2020 Cinco questões para confirmar se sua alegria está em Deus?

Quando esta semana estava a pensar o que deveria pregar perguntas como: Queres mais de Deus na tua vida? Ou queres te deleitar mais em Deus? Surgiram na minha mente.

Todos sabemos como deveríamos responder a tais perguntas. Claro que sim! Mas sejamos honestos. Nem sempre estamos seguros de que desejamos passar mais tempo com Deus. Com bastante frequência há outras coisas que nós preferiríamos fazer. Apenas sabemos qual a resposta que agrada a Deus e fazemos o politicamente correto, respondendo que sim queremos, mas toda a nossa linguagem corporal e decisões diárias dizem o contrário.

Coloquemos a questão da seguinte forma: o irmão agrada-se de Deus? O fato de buscar mais de Deus depende do que pensa acerca Dele. Depende do pensar que um relacionamento com Deus é algo digno de ser buscado.

Ou será que no nosso relacionamento com Deus apenas vivemos numa espécie de piloto automático e religioso?

Todos nós sabemos que num relacionamento tem de existir dinâmica, no sentido de investir em experiências, diálogo. Se não existir isso não há investimento, logo não podemos ter alegria em Deus.

Volto a perguntar, o irmão agrada-se de Deus? Tem alegria em Deus?

Na mente de Paulo, não havia dúvida sobre a resposta a esta pergunta. Qual era o alvo do seu ministério? O que ele estava a tentar fazer enquanto navegava pelo Mediterrâneo, arriscando naufragar, ser preso, enfrentar motins? Etc… A resposta é: Paulo estava a tentar levar alegria às pessoas, por via do seu exemplo, da sua alegria vivida num relacionamento cheio e dinâmico com Deus.

Ele diz à igreja em Corinto: “somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados” (2Co 1.24). Ele diz algo parecido à igreja em Filipos: “estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé” (Fp 1.25).

O alvo do ministério de Paulo era que as pessoas experimentassem alegria observando a sua própria alegria em Cristo Jesus. Em ambos esses versículos, alegria é algo relacionado com a nossa fé em Deus. Isso porque tal alegria não é algo que experimentamos como resultado de circunstâncias felizes. Não é como se Paulo desejasse que todos nós estivéssemos sentados à beira do mar, com uma bebida refrescante nas mãos sem fazer nada de papo para o ar. Afinal, quando Paulo escreveu aos Filipenses, ele próprio estava preso, encarando uma possível execução. Então, à semelhança de Paulo essa alegria é algo que podemos experimentar apesar das circunstâncias. As circunstancias não roubavam a alegria de Paulo, mas será que roubam a nossa?

Certa vez, Paulo descreveu-se a si mesmo como “nada tendo, mas possuindo tudo” (2Co 6.10). Algumas linhas depois, ele acrescenta: “sinto-me grandemente confortado e transbordante de júbilo em toda a nossa tribulação” (2Co 7.4).

Como podemos não ter nada e possuir tudo? Como podemos ter tribulação e transbordar de júbilo?

A resposta é que a fé olha além das circunstâncias e vê o nosso relacionamento com Deus. O cristianismo diz respeito a um relacionamento com Deus, a um relacionamento com Deus que produz alegria apesar de tudo o que nos rodeia, e onde essa alegria não fica reservada para nós mesmos, mas contagia outros. Os outros têm de ver a nossa alegria no Senhor, e é na medida em que a nossa alegria transparece para os outros que o nosso testemunho se torna mais eficaz. Ou seja, evangelizar pela alegria, evangelizar pela nossa satisfação em Cristo.

Vamos ver agora alguns dos benefícios em ter alegria ou deleitar-se num relacionamento com Deus:

1) Deleitar-se em Deus ajuda a vencer a tentação

O pecado é um concorrente de Deus. A tentação sempre nos apresenta uma escolha entre encontrar alegria em Deus ou nos prazeres do pecado. A Bíblia diz que o coração dirige o nosso comportamento. Nós sempre fazemos aquilo que desejamos. Se nos deleitamos em Deus, então o pecado será percebido como o mísero substituto que de fato é.

Quando estamos satisfeitos em Deus não o substituímos.

2) Deleitar-se em Deus ajuda a suportar o sofrimento

O sofrimento envolve perda — perda de saúde, dinheiro, status, amor. Estas perdas sem dúvida que são reais e dolorosas, não estamos a tentar desvalorizar isso. Mas reparamos que sempre que vemos as pessoas que experimentam Deus enfrentando tais perdas, as enfrentam melhor. Porquê? Porque nós nunca perdemos Deus. Nada pode nos separar do seu amor. Quando outras coisas são arrancadas de nós, continuamos com Deus, e Ele nos basta.

3) Deleitar-se em Deus ajuda a estimular o serviço

Um dos trabalhadores mais diligentes descritos na Bíblia é o irmão mais velho na parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32). Mas numa certa noite, seu serviço fiel revela o que realmente esse serviço é: um serviço para si mesmo. Acontece que ele jamais trabalhou de fato para o pai, mas sempre para a sua própria recompensa. Ele vê-se a si mesmo como um escravo, não como um filho. Se compararmos o seu serviço com o de Jesus, Jesus serve como um Filho. Ele foi até a cruz “em troca da alegria que lhe estava proposta” (Hb 12.2).

Se nos sentimos como escravos de um Deus distante que exige a sua obediência, então o nosso serviço sempre nos parecerá maçante e será caracterizado por um senso de dever desprovido de alegria. Por isso por vezes é tão difícil encontrar pessoas para servir na igreja local. Mas, se nos sentimos como filhos do Deus, de um Deus que derramou o seu amor sobre nós, então o nosso serviço será voluntário, pleno e alegre. Nunca poderemos servir o suficiente para sequer chegar perto daquilo que Deus fez por nós. Nós nos deleitaremos em agradar o nosso Pai, em vez de sentirmo-nos obrigados a obedecer ao nosso patrão.

4) Deleitar-se em Deus ajuda a um testemunho vibrante

Muitas vezes, o nosso evangelismo é esforçado e mais parece que como que uma obrigação chata que fazemos para dar graxa a Deus ou ás vezes dar graxa ao pastor. Esforçamo-nos para relutantemente espremer uma pequena gota de evangelho, nas nossas conversas e mais parece que ninguém fica muito impressionado com isso.

Contudo, todos nós somos uma espécie de evangelistas daquilo que amamos. As pessoas não poupam elogios às virtudes da sua equipa favorita, do seu programa de TV preferido ou de um novo sucesso alcançado. E esse entusiasmo é contagiante.

Da mesma forme quanto mais experimentamos um relacionamento com Deus e encontramos alegria nele, mais o nosso evangelismo será entusiasmado e contagiante. Ele deixará de ser um exercício constrangedor, enfiado no meio da conversa como uma obrigação. Em vez disso, será como o transbordar de corações cheios, falaremos empolgados daquele de quem amamos e do que Ele fez por nós.

5) Deleitar-se em Deus ajuda a capacitar para o sacrifício

Imagine a nossa igreja cheia de pessoas que dizem: “Nada se compara a conhecer a Cristo. Eu alegremente vou abrir mão do meu tempo, dinheiro, status, casa, futuro e conforto para servir Deus”. O que poderíamos conquistar com um povo que vive dessa forma? Contudo, isso é exatamente o que Paulo diz: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).

Certa vez, Jesus contou uma pequena parábola:

O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo (Mt 13.44).

O próprio Deus é aquele tesouro. Quanto mais conhecemos Deus, mais estamos dispostos a abrir mão de tudo o resto. E observe que o homem na parábola vende tudo o que tem “transbordante de alegria”. Abrir mão das coisas geralmente não soa como uma coisa alegre de se fazer. Contudo, quando abrimos mão descobrimos que os maiores sacrifícios que fazemos na nossa vida não parecem sacrifícios enquanto os fazemos. De uma forma natural parecem ser a coisa óbvia a fazer para buscar Deus e a Sua glória. O sacrifício torna-se uma oportunidade para expressar a nossa alegria em Deus. Aquilo de que abrimos mão parece pequeno em comparação com o que vamos ganhar.

Estas são algumas das coisas que são geradas na nossa vida à medida que nos relacionamos com Deus e encontramos alegria Nele. Resta-nos transformá-las num teste de diagnóstico e avaliar a nossa alegria de viver. Pergunte-se a si mesmo se alguma das seguintes afirmações são verdadeiras a seu respeito.

  • Com frequência, cedo à tentação?
  • Sofrimento e perda enchem-me de medo?
  • O serviço que faço parece enfadonho?
  • O meu testemunho e evangelização parecem uma obrigação?
  • Os meus sacrifícios parecem sacrifícios dolorosos?

Se qualquer uma delas for verdadeira, então isso provavelmente é um sinal de que o irmão não está a encontrar tanta alegria em Deus quanto poderia encontrar:

E não se esqueça a alegria no Senhor é a nossa força… Neemias 8:10

(Adaptado de um artigo da editora Fiel)

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