Publicado por: absesimbra | 4 de Maio de 2017

Pregação 30 Abril 2017 Exortação/Disciplina na igreja

A semana passada estudámos a forma como devemos ser conhecidos no mundo – pelo amor.

Deus é Amor e foi esse o legado que Jesus nos deixou.

As pessoas pecadoras têm de ser alvo do nosso amor, porém as suas atitudes pecaminosas devem ser avo da nossa disciplina e exortação.

Mas em que moldes?

Antes de avançarmos para a resposta a esta pergunta convém responder a outras primeiro.

O que fazer face ao pecado de uma outra pessoa?

Utilizar os mecanismos de justiça do nosso país. Polícia, tribunal judicial, etc…

Mas sempre confiando também na justiça do nosso Deus.

Ler Deuteronómio 32:35-36

Perante o mundo devemos esperar isto tanto de Deus como das instituições legais do país onde estamos, mas e no contexto de igreja local? Como devem proceder os crentes entre si?

Vamos analisar Mateus 18 (LER)

Explicar o contexto da passagem:

Jesus estava a dialogar, Mateus é que depois coloca em texto. Os diálogos são separados por momentos geográficos por exemplo Mateus 18:1 existe uma mudança de postura da pate de Jesus, o que torna a acontecer em Mateus 19:1.

Então deduz-se que Jesus tem um discurso completo no capítulo todo de Mateus 18. Então partes deste discurso têm de ser analisadas tendo em consideração tudo o que Jesus diz neste capítulo.

Por isso vamos analisar todo o discurso.

Mateus 18:1-5 – Comparação entre criança física e espiritual. Já aqui em tempos falámos disto e é nosso objetivo crescer rumo à maturidade espiritual.

Depois em Mateus 18:6-9 – fala da responsabilidade que os irmãos mais velhos têm sobre os mais novos, a fim de não os escandalizar.

Mateus 18:10-14 – Jesus afirma que devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para tentar recuperar esse nosso irmão na fé que se encontra perdido ou afastado de Deus. É claro que existem decisões que dizem respeito à própria pessoa e que por vezes já não podemos fazer nada mas é importante irmos à sua procura e não deixar margem de dúvidas de que é ele que não quer mesmo voltar à igreja por sua iniciativa e vontade.

E focando disciplina no meio da igreja local Jesus ensina-nos especificamente como agir em Mateus 18:15-20. Todo este procedimento têm em vista a proteção de quem pecou. Não devemos logo expor o pecado do nosso irmão que é mais fraco do que nós (criança), mas sim deve-se ter uma postura de se tentar preservá-lo para que este e possa se arrepender e aí ganhar o nosso irmão, ou seja a relação sai mais fortalecida. E existem 3 estágios que temos de passar até existir algo público (para com a igreja). Poderão dizer que cortar relações por causa de algo que é pecado é algo muito radical, mas o processo demonstra que de radical não tem nada, isto porque antes de se partir par o corte de comunhão com o corpo, foram dadas oportunidades sucessivas para o pecador se arrepender do seu erro. Aliás basicamente, há apenas um pecado pelo qual o membro da igreja deve ser excomungado que é a falta de arrependimento pelo pecado causado.

Quando o arrependimento é evidente, a igreja declara o seu pecado perdoado e recebe novamente o infrator à sua comunhão, que significa ceia, vida de serviço, apoio pastoral e dos irmãos, no fundo vida diária de igreja.

Para se considerar alguém como gentio ou publicano, aquilo que Jesus afirma como sendo a punição máxima dentro do contexto de igreja local, importa perceber algumas questões. Tais como:

Aquilo que a pessoa em questão cometeu é mesmo pecado? Isso vê-se através da palavra de Deus e da consequência que isso traz tanto à sua ida como à vida do corpo em que está inserida. É muito importante que o infrator esteja no processo de exortação disciplina por um facto pecaminoso e não por opiniões ou diz que disse.

A pessoa em questão é membro da igreja? Isto porque o ato de se tornar membro da igreja ela está a reconhecer autoridade na sua vida dos líderes dessa mesma igreja bem como autoridade da própria igreja. É neste sentido que a igreja é envolvida no processo, e que Jesus diz as palavras de Mateus 18:18 que têm eco nas palavras de Jesus dirigidas a Pedro em Mateus 16:18-19. Em outras passagens bíblicas é dada autoridade à liderança da igreja para conduzir este processo de Mateus 18.

O facto de não se ser membro também não é bom, porque devemos fazer e mostrar que somos parte do corpo/igreja onde decidimos congregar.

Por fim verificar que todo o processo é realmente conduzido em Amor. Isto porque nós com igreja de Cristo temos de agir em Amor para com aqueles que ainda não conhecem o Evangelho de Cristo. Devemos novamente através do nosso amor dar a conhecer o Amor de Jesus Cristo que está unido a evangelho. Devemos novamente investir nos primeiros passos da comunicação do evangelho e vida cristã.

Ver o exemplo de I Coríntios 5:1-13 – onde Paulo impõe disciplina bíblica a um crente em Corinto.

Porém, mesmo depois deste desfecho, e voltando para a análise de Mateus 18 agora a partir do verso 21 até ao verso 35 o que deve prevalecer é o perdão.

Apesar de a nossa comunhão depender do arrependimento do outro, o nosso perdão não deve depender disso. Devemos sempre perdoar quem nos faz mal, assim como Deus nos perdoa do nosso pecado, mas com isso não significa que iremos produzir novamente comunhão com quem nos ofendeu.

Se existir reconciliação, e trabalhamos para isso, devemos restabelecer a comunhão, porém se não existe o arrependimento focado biblicamente isso não significa que perdão é igual a comunhão.

Neste sentido e percebendo que poderá haver muitas questões de perdão mal resolvidas, vamos a partir de Maio uma vez por mês na igreja estudar este tema “Perdão” a fim de introduzirmos e preparamos a igreja para o ministério de Grupos de apoio e autoajuda.

 

 

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